sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Comprando em feirinhas - 1


Muitas pessoas reclamam que só é possível se vestir bem gastando muito, muito dinheiro.
Tem gente que tenta provar o contrário, como a blogueira do Hoje eu vou assim off, mas essa idéia ainda existe.

Como não existe lugar mais barato para comprar roupa do que feirinhas, vamos lançar uma série de dicas de como comprar nesses locais sem que você fique com um visual cafona, ou com cara de mal cuidado.


1) Bainha

Cuidado com os vestidinhos e saias sem bainha. Quando o corte a laser surgiu virou febre e invadiu as ruas. Mas, as roupas mais baratas são de tecidos também mais baratos. Essas versões sem bainhas tendem a enrolar, dando aquele efeito feio de roupa velha e puida. Prefira as roupas que tem bainha, que tem uma costura bem acabada. Não precisa ser um modelo cheio de texturas, babados e cortes, mas que tudo que ele possui esteja bem arrematado.

2) Modelos

Não se vê arroubos de cortes, modelos dos sonhos ou cortes super criativos. O melhor é apostar no básico e se você der sorte (como eu já dei ) comprar algo mais diferente, que não esteja tão em voga, mas é bonito. Hoje em dia as tendências se espalham e a galera da feirinha saca rápido e copia. Só cortes mais elaborados que exigem tecidos caros e costureiras ninja que ficam de fora.

domingo, 22 de novembro de 2009

Faixas de cabelo de emergência

Sabe uma das piores coisas de dias quentes? Cabelo.

Todas as mulheres não adeptas das cabeças raspadas ou penteado joãozinho sofrem como São Bernardo em dias de 40ºC (ou 51ºC como um relógio do centro estava marcando).

Dias assim imploram por coques ou rabos de cavalo, mas uma bela opção são as faixas de cabelo. Sempre que uso uma faixa tenho a sensação de estar mais arejada, que aquele cabelo não abafa tanto minhas orelhas e nuca.

E o que fazer se você não tem uma faixa bonitinha? Improvisa, meu bem! Vou postar aqui uma que fiz em 5 min antes de sair para aturar uma manhã quente de problemas burocráticos.

Usei 3 coisinhas que eu tinha na minha casa: um broche de strass, um pedaço de elástico e uma fita de cetim rosa



Primeiro eu franzi a fita de cetim fazendo uma florzinha



Depois que ficou redondinha eu prendi no meio com o broche. Tem que tomar cuidado de pegar todas as preguinhas para não soltar.



Ajustei o tamanho que o elástico tinha que ter para ficar bem, usei a minha cabeça como medida mesmo, já que eu iria usar,né.
Atenção: o elástico sem esticar tem que ser menor que a sua cabeça. Outro problema é se ele totalmente esticado for do tamanho exato: vai ficar apertado.



Prendi o elástico no broche e coloquei o fecho do broche. Tem que ser um broche confiável, que a pressão é grande.

E TCHARAM! Minha faixa de emergência para dias quentes estava pronta!





Essa faixa está longe de ser um acessório com um acabamento maravilhoso. Por conta disso cheguei em casa, me empolguei e fiz duas faixas com mais calma.



A princesa cintilante na 1ª foto e a faixa retrô na foto de todas as coisas que eu fiz em uma tarde pós compras de mamãe na Caçula (do lado da bolsa preta).

Querem ver o como eu fiz também? Escolham pelos comentários qual, que na próxima postagem eu mostro!



E se vocês quiserem fazer uma encomenda, eu nem me importo =p

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Por que você escolheu essa roupa hoje de manhã?

Saímos pela UERJ com um celular na mão perguntando isso para os alunos.
Estágio, aula especial, calor, viagem? Os motivos são os mais variados (ou quase sempre o mesmo) que acabam empurrando você pra alguma decisão.

Curioso? Então assista ao primeiro vídeo do Eu visto porque. Talvez você se identifique com alguém

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ah, o verão...



Ai, calor!

O verão ainda não chegou mas já tá dando praia. E não tem nada melhor do que ir pegar uma corzinha e dar um mergulho. E de biquíni, né? Porque barriga branca não dá.

As brasileiras adoram essas duas (mini) pecinhas e agradecem muito quem as criou. Mas, quem foi mesmo?

De acordo com o livro "A roupa e a Moda", de James Laver, existem mosaicos romanos, datados do século IV, que mostram mulheres se exercitando com peças que lembram os atuais biquínis.

Mas essa é uma polêmica francesa. Jacques Heim apresentou primeiro a nova peça. Mas Louis Réard a popularizou. Tempos depois da apresentação de Heim, para ser mais exata 5 de julho de 1946, o modelo resurgiu em uma piscina pública em Paris no corpo da dançarina Micheline Bernardini. Réard confeccionou uma peça de 194 cm de tecido com estampa de jornal. Essa data bate com outro acontecimento importante (e bem menos alegre) que foi a explosão atômica experimental no atol de Bikini. Reárd percebeu que sua peça era tão revolucionária, capaz de criar mudanças de enormes proporções , que comparou os dois acontecimentos. E não errou.

Apesar de tanta repercussão, as simples mortais não incorporaram o biquíni tão facilmente ao guarda-roupa. A tarefa ficou nas mãos das deusas hollyodianas, no exterior, e das vedetes, no Brasil.

Quer saber mais? Veja uma galeria de fotos de musas hollyodianas com biquínis maravilhosos e saiba mais sobre a evolução dos modelos década a década.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A serviço da lei

E se a partir de amanhã o uso de roupas vermelhas e de jaquetas perfectos com tachinhas fosse proibido? Ao invés de vestidos coloridos e ajustados no corpo, só pudessemos usar blusões marrons, verde musgo e roxo?

Vivemos em um época que quase tudo pode na Moda mas não podemos esquecer que as roupas já foram e ainda são, em algumas sociedades não-ocidentais, controladas pela lei.

Essas leis, chamadas de suntuárias, surgiram por volta de 200 a.C. em sociedades primitivas, e controlavam desde o número de convidados da festa de casamento até o tecido da túnica. Depois passaram para o controle da Igreja Católica, que considerava o luxo um pecado. Com a formação dos Estados europeus, o controle desta legislação passou para os Reis de cada país.

Apoiadas em princípios moralistas, essas leis tinham o objetivo de diferenciar o clero, a Corte e a nobreza dos restante da população. O luxo, como a seda e a cores vermelho e dourada, ficava com eles e o lixo com a gente. Também era uma questão de proteção já que ficava fácil de identificar estrangeiros, sempre vistos como uma ameaça.

As leis suntuárias perderam a força com o Revolução Francesa, grande disseminadora do conceito de individualismo, e da Revolução Industrial, que desenvolveu a indústria têxtil a níveis inacreditáveis para a época.

Fontes:

Sumptuary Legislation: Demarketing by Edict de Stlanley C. Hollander
Fashion, Sumptuary Laws and Business, de Herman Freudenberger

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Meninos de saia godê

"Girls can wear jeans
And cut their hair short
Wear shirts and boots
'Cause it's OK to be a boy
But for a boy to look like a girl is degrading
'Cause you think that being a girl is degrading
But secretly you'd love to know what it's like
Wouldn't you
What it feels like for a girl"
What It Feels Like For A Girl - Madonna

Existem coisas que só o Rio de Janeiro faz por você. Uma delas é dias de 40°C em plena primavera. Em dias assim todos os homens se lamentam e resmungam "mulheres tem a sorte de poder usar saias." É só sorte mesmo? Hoje qualquer menina usa calça. Aposto que a maioria dos looks de qualquer mulher é composto por calças. Ter essa peça no nosso guarda roupa não é sorte, é resultado de uma luta. Com elas podemos subir andaimes, pular, trabalhar e ainda brincar com os filhos.

Já que a moda masculina influencia a moda femina, por que não existe o movimento contrário? Não digo homem usar roupa de mulher. Mas, se podemos adaptar um terno ao corpo femino, é possível adaptar saias a realidade dos homens.

"O menswear devia pegar estímulos da moda feminina e não apenas o inverso"
Miuccia Prada

O post começa com um trecho da Diva Mor Madonna não a toa. Ainda existe enraizada, lá na camada pré-sal, a idéia de que homens são seres de alguma superioridade. Podemos idolatrá-los, entrar em seus armários e roubar suas calças para chamá-las de boyfriends. Meninos usarem uma saia de corte elegante e masculino em dias quentes? NUNCA! (Mas, como a loira sábia diz, no fundo, no fundo, eles adorariam)