quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A serviço da lei

E se a partir de amanhã o uso de roupas vermelhas e de jaquetas perfectos com tachinhas fosse proibido? Ao invés de vestidos coloridos e ajustados no corpo, só pudessemos usar blusões marrons, verde musgo e roxo?

Vivemos em um época que quase tudo pode na Moda mas não podemos esquecer que as roupas já foram e ainda são, em algumas sociedades não-ocidentais, controladas pela lei.

Essas leis, chamadas de suntuárias, surgiram por volta de 200 a.C. em sociedades primitivas, e controlavam desde o número de convidados da festa de casamento até o tecido da túnica. Depois passaram para o controle da Igreja Católica, que considerava o luxo um pecado. Com a formação dos Estados europeus, o controle desta legislação passou para os Reis de cada país.

Apoiadas em princípios moralistas, essas leis tinham o objetivo de diferenciar o clero, a Corte e a nobreza dos restante da população. O luxo, como a seda e a cores vermelho e dourada, ficava com eles e o lixo com a gente. Também era uma questão de proteção já que ficava fácil de identificar estrangeiros, sempre vistos como uma ameaça.

As leis suntuárias perderam a força com o Revolução Francesa, grande disseminadora do conceito de individualismo, e da Revolução Industrial, que desenvolveu a indústria têxtil a níveis inacreditáveis para a época.

Fontes:

Sumptuary Legislation: Demarketing by Edict de Stlanley C. Hollander
Fashion, Sumptuary Laws and Business, de Herman Freudenberger

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